Co-Kitchen, Cozinhas compartilhadas, Cloud kitchens e Ghost kitchens: já sabe do que se trata? Os novos modelo de negócio no universo da gastronomia estão crescendo consideravelmente em todo o mundo.
As cloud kitchens (ou ghost kitchens) ganharam relevância pela primeira vez na Índia com o crescimento dos aplicativos de delivery e o modelo se espalhou por todos os países onde os apps estão presentes. Em 2020, principalmente por conta da situação causada pela pandemia, que dificultou a atuação de restaurantes tradicionais, a solução encontrada foi utilizar o delivery de comida como alternativa e o modelo de cloud kitchen se popularizou.
E onde entram as co-kitchens nesse contexto é o que vamos falar hoje. Acompanhe!
O que é o co-kitchen, afinal?
Primeiro, para entender a dinâmica em torno das cozinhas compartilhadas, é preciso saber o que é o coworking. Entenda, então, que nada mais é do que um espaço de trabalho compartilhado.
São estruturas prontas de escritório que podem ser alugadas por profissionais independentes ou empresas. Os contratos podem variar entre períodos mais longos ou datas específicas. Sendo assim, a ideia é reduzir custos para empresas funcionarem sem gastos com infraestrutura.
Uma Co-kitchen é a aplicação do modelo de Coworking para o mundo das cozinhas comerciais.
Como funcionam as co-kitchens
Seguindo o mesmo raciocínio dos escritórios de coworking estão as co-kitchens, que são cozinhas compartilhadas. Nelas existe toda a infraestrutura necessária para um restaurante funcionar, que pode ser alugada por esses estabelecimentos.
A maior vantagem é que não há gastos com equipamentos e manutenção, ações que podem exigir bastante recursos no universo da gastronomia.
Por outro lado, temos o conceito em torno de cloud ou ghost kitchens, que são estabelecimentos voltados apenas para entrega. São restaurantes e lanchonetes que atuam somente com o delivery, não recebendo seus clientes presencialmente.
Quem é alvo das cozinhas compartilhadas?
As cozinhas compartilhadas são a melhor alternativa para restaurantes que atuam como ghost kitchens. Sendo um espaço para atuar apenas com entregas, sejam próprias ou por meio de aplicativos.
Além disso, é uma oportunidade interessante para os grandes restaurantes ampliarem a sua rede de atendimento. É possível abrir uma espécie de filial voltada apenas a entregas, a fim de aumentar o alcance da empresa em uma determinada região.
Esse conceito abre espaço tanto para os grandes restaurantes quanto para pequenos empreendedores que estão começando. O espaço permite a produção com qualidade, com equipamentos e infraestrutura.
Sendo assim, pode ser também o pontapé inicial para empresários que ainda não conhecem o mercado. Afinal, não é preciso investir na estrutura, optando primeiro por esses espaços compartilhados.
Co Kitchen e Empreendedorismo: como funcionam na prática?
Flexibilidade, ampla gama de recursos e contratos curtos, características que as Co-kitchen têm em comum com os espaços de Coworking, atraem os empreendedores do setor.
Testes de receitas e validações de produtos, treinamentos e até gravação de vídeos e produção de conteúdo para o mercado gastronômicos podem ser feitos em locais com equipamentos completos, locados por curtos períodos,
Cozinhas compartilhadas no Brasil
Um bom exemplo de cozinha compartilhada aqui no Brasil é a rede aberta pela Rappi. A empresa tem mais de 100 cozinhas compartilhadas espalhadas pelo país, que podem ser encontradas em São Paulo, Curitiba, Fortaleza, entre outras cidades.
A ideia foi expandir a empresa e também o conceito em torno das Ghost Kitchens. Além disso, há previsão para 30 modelos de cloud kitchens criadas pela Steam Cloud Kitchen, uma empresa de capital aberto que divulgou esse projeto para São Paulo.
Mas não são apenas iniciativas recentes, afinal, a Oficina da Mesa, que atua em Perdizes, funciona desde 2016 nesse modelo de economia compartilhada.
Esse crescimento é justificado pela movimentação que o delivery traz, sendo um mercado que movimenta 11 bilhões de reais por ano, segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
Dessa forma, é fácil entender como esses restaurantes conseguem fornecer seus serviços tranquilamente nas cozinhas compartilhadas. Afinal, é uma alternativa para redução de custos operacionais sem perder o espaço no mercado.
Somado a isso, iniciativas de startups, como os aplicativos de delivery, prometem aquecer ainda mais esse mercado. Com isso, aos poucos a cozinha compartilhada transforma-se em parte do cotidiano das empresas do mercado de food service brasileiro.
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